quinta-feira, 11 de junho de 2009

das antike

eu
por sob
lágrimas
de alegria
e de saudade
de um tempo
restante apenas
em fotografias
esmaecidas pelo
tempo,
e a memória dalí
salvada surrealmente
pela celulose
matéria
e mais nada
e as traças
que nao ousem
tocá-las,
as fotografias,
de quando eu
ainda nem havia,
e Margarida era feliz,
e o mar,
e papai,
e a decada de setenta
em seu rompante
de futuro
embora bucólicamente
em tom de poesia
da mais pura,
cores pardas
e tons suaves
e sorrisos de alegria
a um palmo
do que se tornaria
degradação e caos
e loucura
da humanidade
neste inicio de século
e fim de era
de um cosmos
que não mais existe para nós
se não em contrafações
diluídas em milhões,
e as raízes já apodreceram
a um bocado de tempo.

felizes éramos quando ainda não éramos nem nascidos.

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